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Claudio Gandelman: Co-founder e CEO da DeliRec

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Claudio Gandelman: Co-founder e CEO da DeliRec
Claudio Gandelman: Co-founder e CEO da DeliRec

Nome: Claudio Gandelman
Cidade:
Rio de Janeiro
Empresa:
Delirec 
Data de fundação:
2021

A DeliRec em 1 tweet: DeliRec é a plataforma de monetização para os criadores de conteúdo culinário.

Cientista político, executivo, empreendedor, investidor, mentor. São muitos os adjetivos para Cláudio Gandelman, hoje CEO da DeliRec. No bate-papo para o Meet a Founder, Claudio compartilhou um pouco sobre a sua história e aprendizados ao longo da carreira profissional como executivo e empreendedor.

Leia na íntegra abaixo.

Claudio, você é formado em ciências políticas e econômicas, teve uma carreira no mundo corporativo e diversas vivências empreendendo. Você pode contar um pouco mais como tudo isso se conecta?

Hoje eu percebo que eu sempre tive uma veia empreendedora. Lembro que em 1990, em uma entrevista de emprego, me perguntaram se eu era empreendedor. Eu falei que não, mas que no futuro eu queria ser. Mas 4 anos antes, quando eu estava no colégio, com 16 anos, eu já tinha montado uma empresa para vender camiseta e calça de moletom para os alunos. Só depois eu fui perceber que essa personalidade empreendedora sempre existiu em mim. 

E como a sua trajetória profissional se desenrolou nos anos seguintes? 

Eu comecei a minha carreira estagiando no Banco Nacional. Depois dessa experiência, de 4 anos, segui a minha vida e fui morar uma época em Nova Iorque. Quando voltei, fui trabalhar no Icatu para vender seguro de vida. Foi o produto mais difícil que eu vendi na vida. É o produto que ninguém quer comprar porque ninguém pensa sobre o dia que vai morrer, em contrapartida, foi onde iniciei minha vida no mundo da Internet comercial. Depois fui para o Lokau.com, onde vi o auge da bolha, o estouro da bolha e a retomada dos investimentos em web. Em seguida, decidi montar o meu primeiro negócio, a Keero, que era um classificado online. Depois de 4 anos, quando começou a decolar,  eu recebi uma proposta irrecusável que era entrar na Ágora. Em poucos meses eu virei sócio e um ano e meio depois vendemos para o Bradesco. Foi uma fase muito relevante da minha vida. Eu já estava preparado para seguir a carreira executiva no Bradesco quando uma headhunter me convidou para fazer o processo para ser o General Manager do Match, dona do Tinder. Era algo muito importante para mim porque eu tinha vontade de fazer a gestão completa de uma operação, coisa que eu nunca tinha feito. Aceitei o desafio, aprendi muito, mas foi duro. Eu fazia 50 viagens por ano. Eu fazia voos internacionais praticamente todas as semanas. O custo é bastante alto de um estilo de vida como esse. 

E quais aprendizados da época da Match você traz para a sua jornada empreendedora? 

A primeira coisa é a importância dos testes. A Match tinha uma cultura de testes muito forte. A gente fazia 20 testes A/B por dia. Além disso, aprendi muito sobre o modelo de subscription. A empresa foi criada em 1995 e é uma das pioneiras nesse modelo de assinatura. Com a experiência, entendi o impacto que a mudança de um botão pode ter, por exemplo. Eu saí de lá há 10 anos e muita coisa que eu aprendi, uso até hoje. 

E como foi a sua segunda jornada empreendedora, após a experiência na Match? 

Foi 2013, quando fundei a Teckler. Eu tive uma ideia que considero maravilhosa, mas que foi 10 anos antes da hora. Era uma plataforma de creator economy que o usuário poderia produzir conteúdo de vídeo, áudio e texto. Acabou ficando um produto muito caro, principalmente por causa do modelo de cloud da época. Eu precisei determinar um limite para saber entender a hora de parar, já que eu estava me autofinanciado. No entanto, a decisão de fechar o negócio foi muito difícil e teve um custo muito alto de saúde para mim. Eu nunca tinha empreendido nessa magnitude e fechar a empresa me fez desenvolver uma depressão profunda. Muita gente não conta a realidade da vida, mas eu acho importante. Passei por isso até relativamente rápido, me tratei e decidi voltar ao mercado de trabalho. Na época, eu recebi 12 propostas de emprego e acabei optando pela Oracle. Mas, logo no início, eu percebi que eu não tinha fit cultural e fiquei somente 9 meses lá e fui pensar o que eu queria fazer da vida.  Decidi fazer alguns investimentos anjo, mas percebi que não tenho veia investidora. Eu prefiro colocar a mão na massa, gosto do operacional. 

E de onde surgiu a ideia de fundar a DeliRec?

Na pandemia eu estava fazendo testes com tecnologia para a empresa que tinha na época, de audio books, e aí resolvemos criar um aplicativo de compartilhamento de receitas como teste, já que muita gente estava fazendo receitas em casa devido ao isolamento social. E aí, os usuários começaram a pedir para ter uma funcionalidade de seguirem outros usuários para poder ver quais receitas eles estavam fazendo. Com isso, resolvi seguir com o produto e criar a DeliRec. O curioso dessa história do início é que eu liguei para o Edson Rigonatti no aniversário dele e comentei do projeto. Sem eu fazer nenhum pitch oficial, ele disse que a Astella entraria como investidora. Foi a concretização de um "namoro" de muitos anos. Eu tinha um relacionamento de longa data com a Astella e o Edson, mas não havia sido investido ainda.

O relacionamento com investidores é um processo, ele vai maturando com o tempo. Brinco que parece que foi um fundraising de um telefonema, mas demorei 50 anos para chegar nesse momento. 

Você é mentor na Endeavor há mais de 13 anos. Qual é a importância da mentoria para você?

Quando você dá mentoria, você aprende outros modelos de negócio. A troca é fundamental para você aprofundar sobre aspectos que não olha no dia-a-dia. Eu me coloco 100% à disposição e vejo muito valor nessa troca. Eu arranjo tempo na minha agenda para atender o empreendedor para tentar ajudar com o que ele precisar. 

Se você pudesse escolher o headline de uma matéria sobre a DeliRec daqui a 10 anos, como seria? 

DeliRec muda o consumo de groceries no mundo. 

E quem é o Cláudio fora da DeliRec? O que você faz quando não está trabalhando?


Eu jogo beach tennis, levo a sério, participo de competições. Também corro e gosto de ler bastante, pelo menos 2 livros por mês. Além disso, a cada 3 meses eu tento ir visitar os meus filhos que moram fora do país. Hoje em dia sou radical a favor do trabalho remoto. 

Para fechar, o que te inspira?

O que me inspira é construir alguma coisa diferenciada. O que não é fácil. Quero criar algo que seja relevante para os investidores. Dentro da DeliRec, quero fazer alguma coisa que seja realmente grande.

Juliana Baranowski

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Juliana Baranowski

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