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Sete Lições Sobre Marketplaces

AEN Marketplaces: Lições sobre efeitos de rede com Andrei Hagiu e Julian Wright

Lucas Abreu
2022
6
m read
ASTELLA PLAYBOOK
EPISODE  

Efeito de rede é um dos fenômenos de tecnologia mais falados e pouco entendidos na profundidade.

Muitas vezes efeitos de rede são  avaliados de forma binária: ou a empresa tem ou não tem. Ele é subjetivo e no fim do dia é impossível mensurar ou até mesmo colocar em uma fórmula que se aplique à realidade de todas as empresas. Mesmo assim, existem variáveis que nos indicam o quão forte ou fraco esse efeito é.

Por isso, convidamos dois dos maiores especialistas globais do assunto, Andrei Hagiu (Associate Professor at the Boston University) e Julian Wright (Professor at the National University of Singapore) para entendermos quais variáveis ponderar para compreender a defensibilidade do efeito de rede na segunda sessão do Astella Expert Network de Marketplaces. 

Neste post, compartilho alguns dos principais insights e lições dessa sessão. 

Efeito de rede 1o1: 

Os efeitos de rede ocorrem quando um produto ou serviço se torna mais valioso quando mais clientes o utilizam.

Existem dois tipos de efeitos de rede:

  • Efeitos de rede do mesmo lado - quando o valor de uma plataforma aumenta porque o número de usuários aumenta (por exemplo, Zoom e Discord).
  • Efeitos de rede cruzada - quando uma plataforma depende de 2 ou mais grupos de usuários, como compradores e vendedores (por exemplo, Amazon, Alibaba e Airbnb).

O Facebook exibe efeitos de rede do mesmo lado e do lado cruzado: usuários <-> usuários, usuários <-> desenvolvedores de aplicativos.

Saiba mais: 

A NFX mapeia 16 tipos de efeito de rede possíveis. 

https://platformchronicles.substack.com/p/network-effects-and-defensibility 

O grande tema da aula foi compreender sob quais condições o efeito de rede provoca posições de mercado com alta defensibilidade e condição de criar uma grande empresa. 

Abaixo, listei em formato de perguntas e respostas 7 fatores que ajudam a determinar a defensibilidade de um efeito de rede. 

1) O quanto os usuários realmente se importam com outros usuários adotando os mesmos produtos/serviços?

Se houver efeitos de rede fracos, os usuários não se importam com novos adentrando à rede. Uma confusão comum é com os conceitos de efeito de rede e viralidade. Os usuários não se importam se um produto/serviço simplesmente exibe viralidade, o que muitas vezes é confundido com efeito de rede. Por exemplo, o foco da GoPro em esportes radicais, que levou a vendas massivas nesse perfil de cliente, não exibe efeitos de rede. Isso é viralidade. Não há um ganho se um novo usuário utiliza Go-Pro. 

Takeaway: Qualquer produto pode criar viralidade; poucos produtos têm efeitos de rede reais.

2) Qual valor marginal do efeito de rede? 

Efeitos de rede são mais poderosos quando o valor marginal de um novo usuário decresce devagar. O 1.0000.000 usuário do Facebook continua a prover muito valor, diferente por exemplo do 1.000 professor de inglês de um marketplace de tutoria online, que tende a não gerar mais liquidez para a plataforma. 

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No caso, plataformas com efeito de rede #2 tem mais defensibilidade. O valor marginal do usuário tende a ter maior valor à medida que tanto a oferta quanto a demanda são mais fragmentadas. 

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3) Seus fornecedores são diferenciada ou comoditizada?

Considerando todo o resto como constante, o efeito de rede é mais forte quando os fornecedores são diferenciados. As dinâmicas de um marketplace são ditadas pela homogeneidade (ou unicidade), ou pela heterogeneidade de sua oferta. A unicidade de oferta diz respeito a produtos

com natureza padrão (commodities); e a heterogeneidade, por sua vez, representa produtos ou serviços que entregam proposta de valor diferente ao cliente final.

Quando um produto tem fornecedores diferenciados (Airbnb, Cameo),  a criação de uma barreira de entrada maior é um grande benefício: é muito mais desafiador replicar a oferta de produtos ou serviços da rede.

Vale ressaltar que Julian e Andrei comentaram que essa é uma das variáveis mais relevantes para o efeito de rede. 

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4) O efeito de rede é global ou local? 

Plataformas globais têm efeito de rede mais defensivos por razões óbvias: é muito mais difícil se tornar dominante no nível global ou nacional do que em nível local, uma vez que a localidade permite diversos competidores locais a fazerem copycats. 

Não temos no Brasil copycats relevantes do Instagram, Airbnb, Youtube… 

E temos no Brasil copycats relevantes do Uber, DoorDash, WeWork…

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5) Quão difícil é coordenar a interação em outra plataforma? 

Se for fácil coordenar a interação entre as partes em uma plataforma alternativa, o efeito de rede tende a ser menos defensável. Um exemplo são aplicativos de bate papo como Skype ou Zoom. O custo de troca é mais baixo pois coordenar a interação em outro aplicativo tende a ser mais simples. 

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6) O match é síncrono ou assíncrono? 

Realizar uma intermediação e um match síncrono exige uma maior complexidade em termos de liquidez e, por isso, é mais defensável. 

A Uber é síncrona - se eu quiser pedir uma corrida, ela vem imediatamente.

BlaBlaCar é assíncrono - se eu quiser pedir uma viagem de carro de longa distância, pode vir amanhã.

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7) O quão difícil é para clientes usarem serviços semelhantes?  

Se os usuários de uma plataforma também utilizam serviços similares de outras empresas, isso indica uma fraqueza de efeito de rede. Por exemplo, é fácil para usuários utilizarem serviços de múltiplas startups de ride sharing como Uber e Lyft. Quando a empresa detém uma proposta de valor  tão forte que os clientes não cogitam usar um substituto, é um forte indicio da força do efeito de rede. 

esmo com efeito de rede, não é tão defensável quando os incentivos para se manter na mesma plataformas não são tão grandes. 

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Leituras sugeridas: 

Este foi um pouco do resumo da segunda conversa, com aprendizados muito em linha com o que aprendemos nas Sete Lições de Marketplaces, que você pode ler clicando aqui.

Mais sobre os experts: 

https://platformchronicles.substack.com

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