Nome: Pedro Yue
Cidade: Miami
Empresa: Zipia
Data de fundação: 2020
A Zipia em um tweet: A plataforma digital que conecta corretores de seguros a clientes de forma simples e eficiente.
Após mais de 20 anos de carreira corporativa e intra-empreendedorismo nas posições em que passou, Pedro Yue tornou-se CEO de startup por uma oportunidade que se escancarou quando atuava como Country Manager da QuinStreet no Brasil, empresa do Vale do Silício,pioneira em marketing de performance. A possibilidade de resolver o problema de corretores de seguros, facilitando a conversão de clientes através de uma única plataforma online, deu origem à Zipia em 2020.
Conheça mais sobre o Pedro e a sua trajetória na entrevista abaixo.
Você pode começar contando um pouco da sua história profissional?
Eu sempre tive uma veia de empreendedor. Sempre tive essa vontade. Depois que saí da faculdade fui trabalhar com consultoria, na Bain & Company. Eu gostei muito de consultoria, sempre gostei do trabalho que fazia, mas sentia um pouco de falta de colocar a mão na massa. Eu comecei no Brasil e trabalhei na Inglaterra, no México e depois fui para o Vale do Silício. Fiquei quase 10 anos lá e quando saí eu considerei começar um negócio próprio, mas optei em ir para uma empresa menor, que era o que eu estava buscando. Entrei na QuinStreet em um momento pré-IPO e achei muito interessante o mercado de marketing digital. Lá dentro eu acabei empreendendo para construir a vertente do negócio no Brasil. Foi empreendedorismo, mas de uma forma muito confortável (risos!). O meu fundraising era ligar para o CFO da empresa para pedir o dinheiro na conta.
Como surgiu a ideia para montar a Zipia?
A criação da Zipia foi muito natural, visto que identificamos as necessidades para montar o negócio no nosso dia a dia na QuinStreet. Faltava uma plataforma que ajudasse os corretores no Brasil a fazer a venda. Então saímos da QuinStreet, eu e dois co-founders - Simon Birrell (CTO) e Daniel Possa (VP de Ops), para endereçar essa demanda e criar a Zipia.
Quais são as diferenças entre ser um gestor de uma companhia, já estruturada, e ser o líder à frente de uma startup no início da jornada?
Fundraising foi a jornada mais diferente que vivi até hoje. Eu já tive uma atuação como CFO, mas fundraising e a gestão específica desse processo foram novidade. Entender quanto precisamos e quando precisamos é um desafio. Além disso, apesar de eu também já ter experiência com a criação de times, estruturas e processos, a startup exige muito mais velocidade e há mais pressão pelas incertezas de ser um negócio novo.
Quantas pessoas fazem parte do time hoje? E como você motiva essas pessoas?
Hoje somos 25 pessoas. Sinto que na Zipia temos a vantagem de que os corretores, nossos clientes, veem o valor do nosso produto. Isso facilita para o time enxergar como o que fazemos é relevante. Não há outro player fazendo a mesma coisa que nós no mercado e a demanda é muito clara. Já estávamos no mercado e as necessidades estavam muito explícitas para irmos atrás. Por isso, sinto que é mais simples engajar o time e mobilizá-lo em prol de um mesmo propósito.
Qual foi o pior momento da jornada empreendedora até agora?
A jornada empreendedora é sempre uma montanha-russa. Tiveram vários momentos desafiadores! Começando pela nossa saída da QuinStreet que foi planejada em 2019, mas oficializada em 31 marco de 2020. Ou seja, no início da pandemia. A Zipia foi desenhada em um mundo normal, mas colocada em prática na crise do Covid. Foi um momento de muitas incertezas e que precisamos fazer algumas mudanças em relação ao que havia sido planejado e ao que seria possível executar.
E qual foi o melhor momento?
Também é difícil escolher um melhor momento. Quando eu paro para olhar o quanto a gente conseguiu evoluir, o quanto a plataforma evoluiu, quando converso com um cliente satisfeito, são pequenas recompensas somadas. É incrível a evolução que a gente enxerga quando paramos para olhar para trás. O dia a dia não nos deixa perceber algumas conquistas que só enxergamos quando paramos para analisar o trimestre que passou, por exemplo.
Como começou o relacionamento com a Astella?
Uma investidora anja nossa já tinha um relacionamento mais próximo com a Astella e fez a ponte. Não estávamos fazendo fundraising, mas isso sem dúvida aproximou a gente e foi um diferencial para que pudéssemos perceber que queríamos continuar esse relacionamento e trabalhar juntos. Com certeza o diferencial nesse processo foi termos começado a conversar antes de estarmos levantando a rodada.
Se você pudesse escolher o headline da Zipia daqui a 10 anos, qual seria?
Zipia empodera 80% dos corretores através de tecnologia, inteligência de ponta e plataforma simplificada para empresas e solo workers.
Quais são as suas fontes de conhecimento?
Não tenho uma única fonte. Leio muita notícia online, mas como fonte de desenvolvimento profissional eu aciono o meu network. Quando tenho uma necessidade específica, procuro a pessoa que pode me ajudar com aquele assunto. Recorro aos investidores, especialistas do mercado, pessoas da minha rede que sempre me ajudam com explicações, recomendações de artigos ou outras fontes. Sempre fiz isso na minha carreira e sempre foi muito produtivo.
Quem é o Pedro fora da Zipia?
O Pedro fora da Zipia é um pai babão! Eu e a minha esposa tivemos filhos mais velhos. Nossa filha tem apenas 1 ano e eu amo ser pai. Eu e a minha mulher gostamos muito de aventuras e de viajar para fazer kitesurf. É importante saber balancear a jornada profissional com os outros prazeres da vida.
%20(1).png)
